Olga,
Desde que li a tua mensagem, e já lá vai algum tempo, tenho querido responder-te: Sim, estás louca! Sempre foste louca, na verdade.
Nos últimos tempos também tenho pensado na minha vida, no meu percurso. Que farei eu com a minha vida? Qual é a finalidade de todo o percurso que percorri? E se não fosse os dois copos de Alandra que tomei, estaria a escrever estas linhas com o coração na mão.
É estranho, a minha razão diz-me que nada tem valor, ou se preferires, tudo tem o valor que lhe damos.
Caminho incluído. A minha razão diz-me que tudo aquilo que fizemos, tudo aquilo que fomos será apagado com o tempo... que importará experimentar, inovar, amar, rir, ..., se no fim nada existe? Mas o meu coração angustia-se com todos os momentos desperdiçados. (Será que ele pensa a este longo percurso na francofonia?)
A minha razão diz-me que não estou perdido, pois não há nenhum ponto de referência. Mas às vezes um vazio apodera-se do meu peito e me pede âncora. Será isso a vida? Um longo percurso para percebermos que não percebemos nada, nem mesmo a nós próprios; para percebermos que somos eus-paradoxos. Mesmo estas palavras têm sabor a falso...
A única coisa que te posso dar é um abraço apertado, quando nos virmos.
Contexto: O meu contrato acaba em Dezembro e tenho andado a escrever uma candidatura para uma bolsa. E pergunto a mim mesmo, quero mesmo continuar?
Desde que li a tua mensagem, e já lá vai algum tempo, tenho querido responder-te: Sim, estás louca! Sempre foste louca, na verdade.
Nos últimos tempos também tenho pensado na minha vida, no meu percurso. Que farei eu com a minha vida? Qual é a finalidade de todo o percurso que percorri? E se não fosse os dois copos de Alandra que tomei, estaria a escrever estas linhas com o coração na mão.
É estranho, a minha razão diz-me que nada tem valor, ou se preferires, tudo tem o valor que lhe damos.
Caminho incluído. A minha razão diz-me que tudo aquilo que fizemos, tudo aquilo que fomos será apagado com o tempo... que importará experimentar, inovar, amar, rir, ..., se no fim nada existe? Mas o meu coração angustia-se com todos os momentos desperdiçados. (Será que ele pensa a este longo percurso na francofonia?)
A minha razão diz-me que não estou perdido, pois não há nenhum ponto de referência. Mas às vezes um vazio apodera-se do meu peito e me pede âncora. Será isso a vida? Um longo percurso para percebermos que não percebemos nada, nem mesmo a nós próprios; para percebermos que somos eus-paradoxos. Mesmo estas palavras têm sabor a falso...
Annecy, Junho de 2013 |
A única coisa que te posso dar é um abraço apertado, quando nos virmos.
Contexto: O meu contrato acaba em Dezembro e tenho andado a escrever uma candidatura para uma bolsa. E pergunto a mim mesmo, quero mesmo continuar?
3 comentários:
Olga, Tiago, gosto de vos ler. Dá-me algum consolo poder ver em palavras aquilo que penso e sinto. Ideias loucas (não creio) que não tenho a coragem nem a capacidade de exprimir.
Benvinda Joana, toca a escrever...
Espera ai, o priberam dicionario diz-me que é "Bem-vinda Joana, toca a escrever.."
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