Dobrar - Pôr dobrado. Fazer curvar, vergar ou torcer. Voltar. Passar além de. Passar por (para tomar outra direcção). Duplicar. Tornar mais forte, mais intenso, mais activo. Demover, modificar. Induzir. Fazer ceder, obrigar, coagir. Gorjear, cantar. Executar uma dobragem. Conseguir uma volta de avanço sobre alguém. Substituir um actor. Tocar (o sino) a finados. Duplicar-se;Ceder. Dar a volta. Multiplicar-se.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

I'm the math teacher bi*ch

Ontem tive uma pequena reunião com a directora do Departamento de Matemática e Estatística, e se tudo correr bem vou ensinar aqui na universidade o ano que vem.

Claro que será um curso básico (ano 0 ou 1), cruzo os dedos para que seja álgebra linear (ano 1). Agora tenho que esperar que os professores escolham os deles e depois será a minha vez de escolher.

Estou feliz.

PS: Ricardo, não leves a mal a brincadeira com o título.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Eu sou contra a entrada do FMI em Portugal

e tu?

P.S. é minha impressão ou o David Santos de Noiserv fala como o Paulo Bento, apenas um pouco menos tranquilo? http://youtu.be/aSHnHePLV90

domingo, 10 de abril de 2011

Bangladesh

Este mês, o Mundo Diplomático dedica dois artigos ao Bangladesh. Se puderem, dêem uma vista de olhos.

Introdução

O Bangladesh é um pequeno país (uma vez e meia Portugal) extremamente populoso (150 milhões de habitantes). A capital é Dhaka e conseguiu a independência do Paquistão em 70-71, através duma guerra mortífera.

Indústria têxtil

A industria têxtil, mais do que outra qualquer indústria, procura mão de obra barata. E digo, mais do que outra qualquer, porque em outras indústrias, mão de obra qualificada ou acesso a matérias primas ou energia têm um papel algo importante.


Ora, o Bangladesh é barato. Com um ordenado de base "ultra leve" de 17€ por mês as multinacionais (tais como H&M, Tommy Hilfiger, Zara, Carrefour...) não desgostam do Bangladesh. A título de exemplo, o ordenado base no Vietname é 75€ e na Índia 112€.

A juntar a isto, vêm as más condições do costume, horas extraordinárias "voluntárias" não pagas, trabalho infantil, sindicatos controlados, não têm descanso semanal. Perante tais condições, os trabalhadores revoltam-se. Por exemplo, em Maio passado 50 mil operários manifestaram-se para pedir mais direitos e melhores ordenados, e foram reprimidos pelas forças armadas resultando em dezenas de mortos.

O que fazer, quando o capital tem a faca e o queijo? As multinacionais não terão pejo nenhum em deslocalizar-se e empurrar centenas de milhares para o desemprego.


40 anos depois, finalmente um tribunal de guerra

Em Janeiro, a primeira ministra lançou uma grande ofensiva contra o poder religioso. Primeiro risca da constituição as referências ao Islão e depois cria um tribunal de guerra para julgar os crimes de guerra perpetuados durante a ocupação paquistanesa em 70-71.

Aquando da guerra de independência, que nas estimativas mais negras poderá ter custado a vida a 3 milhões de pessoas, os fundamentalistas islâmicos eram contra a independência e por isso apoiaram a ocupação.

É saudável que o país finalmente julgue quem cometeu tais hediondos crimes. Mas a modo como o faz é questionável. Começar a prender os dirigentes dos partidos da oposição, nomeadamente o Jamaat-e-Islami, acusá-los inicialmente de crimes secundários (que nada têm a ver com os anos 70-71) para depois acusá-los de crimes de guerra. Proibir os livros do movimento em questão...

Começa a parecer uma caça cega às bruxas.Curiosamente, lembra certos ditadores magrebinos que perseguiam a oposição tratando-os por terroristas islâmicos e acusando-os de ter ligações com a Al-Qaeda.

Será que tudo isto é apenas o Bangladesh na sua senda de justiça ou é apenas uma deriva autoritária de destruição da oposição pela justiça e difamação?